O termo Chthuluceno aparece, pela primeira vez, em um conto de H.P. Lovecraft e descreve um ser monstruoso com muitos tentáculos que vem do subterrâneo e que é capaz, com seus tentáculos, de se apropriar de tudo.
Contemporaneamente, a antropologia e a filosofia também se valeram do conceito para pensar os atuais desafios ambientais. Chthuluceno é um termo proposto, meio a sério, meio de brincadeira, pela filósofa estadunidense Donna Haraway. Ela emprega esse termo como uma maneira de complementar e desafiar o que está se tornando a narrativa vigente das mudanças climáticas: o Antropoceno.
Capitaloceno é um conceito que propõe que a atual época geológica deve ser chamada pelo nome de sua causa principal: o capitalismo.
Ele se distingue do Antropoceno ao focar nas estruturas econômicas e de poder do capitalismo, e não apenas nas ações humanas em geral, como responsáveis pelas transformações ambientais globais.
Tecnoceno é um conceito que descreve uma era geológica definida pela ação humana através de tecnologias complexas e de alto risco, que deixam marcas significativas e duradouras no planeta.
As tecnologias moldam novas formas de vida, interações e governança, representando um ponto de análise para refletir sobre o futuro diante de uma "megamáquina" tecnológica. Enfatiza as "pegadas" específicas das tecnologias. Essas marcas incluem dados biométricos, comportamentais, e alterações na atmosfera, oceanos e solo.
Descreve uma maneira injusta de habitar a terra, no qual uma minoria se sacia com a energia vital de uma maioria discriminada socialmente e dominada politicamente.
Declara que o habitar colonial modificou
para sempre nossa relação com a Terra.
Ao mesmo tempo, recupera histórias daqueles que tiveram seus modos de habitar dizimados, os fora-do-mundo, a quem o próprio mundo foi recusado.